ANA RITA CLARA


FORÇA da NATUREZA


Texto: CARLA ISIDORO

Fotografia: MÁRIO GALIANO

Maquilhagem: SANDRA ALMEIDA para ATELIER ROOM B

com produtos SYSLEY PARIS

Cabelos: LILIANA ALVES, SCHWARZKOPF PROFESSIONAL


Cativa pela energia e confiança. E pela paixão que imprime ao seu programa televisivo ‘Mais Mulher’. Um dos seus sonhos era fazer cinema e ele vai finalmente vai ganhar corpo nas telas de cinema do país. Ana Rita Clara assumiu o papel de Luisa, personagem do filme «Sei lá» de Joaquim Leitão que tem estreia em Abril.

«Procurei ícones e referências, e construí a história de vida da Luisa. É uma mulher de agora e também uma mulher à frente do seu tempo. Encara os homens de uma forma descartável mas talvez porque não estarão à sua altura. Tem uma liberdade que não é libertinagem, mas sim uma liberdade na forma de viver que é estruturante nos dias de hoje. Existem alguns pontos em que eu e ela nos cruzamos na vida, sobretudo na segurança e em não termos medo de dizer as coisas como elas são.»

«Acho que os homens têm um papel muito importante na nossa sociedade e temos muito a aprender com o seu pragmatismo, mas as mulheres têm a capacidade de mudar o mundo. Conseguem relacionar o lado mais humano e sensível com o realismo e a clareza de espírito. »

«Já tinha feito teatro e representar era um sonho antigo. Os sonhos são o nosso motor de arranque, porque uma pessoa sem sonhos não tem caixas cor de rosa na vida. Mesmo que não os consiga realizar e sejam substituídos por outros. Pode parecer um cliché mas a esperança deve ser a última coisa que colocamos a dormir.»

«Em pequena era fascinada pelo mundo das histórias. Sou uma viajante por natureza, nem que seja nas palavras, e passei pela fase de querer ser jornalista viajante para conhecer sítios e depois reportar. O lado da comunicação esteve sempre presente. Aos cinco anos comecei a imitar a Filipa Vá com Deus na cozinha, fazia as minhas coisas virada para a parede como se estivesse a falar com a câmara: “como podem ver é muito simples, é só misturar a farinha…”. A minha mãe ria-se. Tinha a cozinha virada do avesso mas achava o máximo.»